O voto do Brasil na ONU em apoio a resolução proposta pela Alemanha foi extremamente equivocada. A resolução coloca claramente na Rússia a culpa pela Guerra e exige a saída incondicional e completa das forças russas da Ucrânia. Não é verdade que a Rússia foi a causadora da guerra, pois a possibilidade de ter um país na sua fronteira membro da Otan e capaz de de ameaçar a Rússia com armas nucleares é que levou à operação militar especial como última solução para a ameaça. Por outro lado, a exigência de saída das forças russas só tem sentido como pedido de rendição, que é inexequível, sem efeitos práticos. A breve menção à paz não altera em nada o sentido geral da resolução. É uma resolução de apoio claro e inequívoco à pretensão de extermínio da Rússia por parte dos imperialismo americano e europeu. Lula durante a campanha deixou claro a sua equidistância entre os dois lados em conflito, culpando também Zelensky pela guerra na entrevista ao Times, e se propondo a comanda um grupo de países não envolvidos diretamente na guerra para buscar alternativas para a paz. O voto na resolução da ONU nada tem a ver com as posições de Lula e coloca o Governo sob intenso ataque dos países imperialistas. E preciso acompanhar de perto as posições do Governo a esse respeito, e é possível, ainda que mais difícil, continuar mantendo a coerência com posições anteriores e evitando grande problemas com os Brics. Dessa forma, a viagem de Lula à China e a negativa de viagem à Ucrânia são os passos necessários para anular os efeitos deletérios desse apoio à Resolução da ONU
Debate Palestina: Ricardo Rabelo e Vinicius Maciel Braz
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