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ABSURDO! GOVERNO LULA CANCELA ATOS EM REPULSA À DITADURA MILITAR E O GOLPE DE 1964. SEGUNDO LULA ELE NÃO QUER FICAR “REMOENDO” “UM PASSADO TÃO DISTANTE”.

A determinação do presidente Lula (PT) de evitar eventos oficiais em memória dos 60 anos do golpe militar levou o Ministério dos Direitos Humanos, comandado por Silvio Almeida, a cancelar uma solenidade marcada para 1º de abril.De acordo com pessoas próximas a Almeida, o evento organizado pela pasta ocorreria no Museu da República, em Brasília, e estava previsto um discurso do ministro. A cerimônia exaltaria a luta de militantes e perseguidos pelo regime de exceção comandado pelos militares.

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Nas palavras de um ministro, as feridas não foram cicatrizadas e não seria recomendável reabrir suas “casquinhas” para evitar sangramentos. Além disso, pesou a avaliação de que uma cerimônia oficial vistosa poderia provocar uma reação negativa da caserna, reacendendo uma crise só recentemente debelada.

O regime militar (1964-1985) teve uma estrutura dedicada a tortura, mortes e desaparecimento. Os números da repressão são pouco precisos, uma vez que a ditadura nunca reconheceu esses episódios. Auditorias da Justiça Militar receberam 6.000 denúncias de tortura. Estimativas feitas depois apontam para 20 mil casos.

Presos relataram terem sido pendurados em paus de arara, submetidos a choques elétricos, estrangulamento, tentativas de afogamento, golpes com palmatória, socos, pontapés e outras agressões. Em alguns casos, a sessão de tortura levava à morte.

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Por isso não é possível esquecer da luta daqueles que foram presos, torturados e mortos pelo autoritarismo do Estado brasileiro na Ditadura Militar, que ceifou os melhores anos dos verdadeiros patriotas que ousaram se levantar contra a opressão e a exploração.

Regime/Ditadura Militar - HISTÓRIA | Ditadura militar, Ditadura

LULA NÃO QUER COMEMORAR A VITÓRIA DA DEMOCRACIA QUE DERROTOU O GOLPE MAS OS MILITARES VÃO COMEMORAR A VITÓRIA DA DITADURA EM 1964

Clube Militar vai realizar evento com tom comemorativo aos 60 anos do golpe de 1964 que levou à ditadura
O Clube Militar vai realizar um almoço com tom comemorativo aos 60 anos do golpe que levou à instauração da ditadura em 1964. O evento, marcado para 27 de março, está sendo anunciado como um momento para “relembrar” o “movimento democrático” de 1964.

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Lula não recebeu familiares de vítimas da ditadura

O Lula desde que tomou posse na Presidência não recebeu os familiares brasileiros, incluindo as mães, irmãs, filhas, sobrinhas, dos mortos e desaparecidos na ditadura civil-militar brasileira (1964-1985). Há décadas, muitas vezes enfrentando a rejeição, a omissão e a indiferença das autoridades brasileiras, elas lutam pela memória das vítimas, pela localização dos restos mortais dos seus entes queridos e pela responsabilização dos agentes e do Estado brasileiro por inúmeros crimes contra os direitos humanos no Brasil. Elas são igualmente “uma inspiração na defesa da democracia na América Latina”.

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Na delegação que veio a Brasília para encontrar com o presidente, que não a recebeu, estavam muitas pessoas que há décadas lutam pela causa, como Vera Paiva, de São Paulo, filha do deputado federal cassado pela ditadura Rubens Paiva, preso e assassinado pelo DOI-CODI em 1971, cujo corpo até hoje permanece desaparecido. Estavam Eliana e Mercês de Castro, irmãs de Antônio Teodoro de Castro, vítima de desaparecimento forçado na Guerrilha do Araguaia. Estava Diva Soares Santana, da Bahia, irmã de Dinaelza Santana Coqueiro e cunhada de Vandick Pereira Coqueiro, ambos executados e desaparecidos no Araguaia. Estava Ñasaindy Barrett de Araújo, filha de Soledad Barrett Viedma e José Maria Ferreira de Araújo, ambos sequestrados, mortos pela repressão e desaparecidos desde 1973 e 1970, respectivamente.

Instrumentos de Tortura na Ditadura Militar - YouTube

Iara Xavier Pereira, que desde a redemocratização exerceu um papel protagonista na articulação da luta pela localização dos mortos e desaparecidos, teve dois irmãos, Iuri e Alex, e o primeiro marido, Arnaldo Cardoso Rocha, assassinados pela repressão. Ex-militante da ALN (Ação Libertadora Nacional), exilada durante a ditadura, Iara retornou ao Brasil em 1979 e participou dos primeiros comitês da Anistia. Toda sua família era militante política. Sua mãe, Zilda (1925-2015), que integrou o comando da ALN, foi presa, torturada e exilada. O jornalista e escritor Mário Magalhães, um profundo conhecedor daquele período histórico, certa feita definiu Zilda como “uma das mais importantes militantes da luta armada contra a ditadura”. Iara confirmou que o presidente não recebeu os familiares em audiência.

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“Nos surpreendemos agora com a declaração de Lula de que nós não podemos remoer o passado, em relação ao golpe de 64. Eu considerei essa frase muito ofensiva. Porque quem teve parentes, familiares presos, mortos, torturados, quem foi exilado, quem sofreu, quem ousou se opor ao regime militar, e sofreu consequências [por isso], merece, no mínimo, respeito. Você pode divergir da forma como se fez, se foi o caminho armado ou não, se foi via sindicato, não importa, mas pelo menos você tem que respeitar aqueles que tiveram a coragem de se levantar e denunciar as injustiças. Então acho que foi uma falta de sensibilidade, de humanidade, de se identificar com a nossa dor, do presidente Lula” disse Iara.

Dez músicas que marcaram a luta contra a Ditadura Militar no Brasil

Em julho do ano passado, o coletivo Filhos e Netos por Memória Verdade e Justiça lançou um manifesto pela recriação da Comissão Especial sobre os Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) .A iniciativa teve o apoio da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), da Comissão Arns e do Grupo Tortura Nunca Mais, entre outras entidades.

Em uma dura nota pública divulgada a Coalizão Brasil por Memória, Verdade, Justiça, Reparação e Democracia disse que a não recriação da CEMDP será “omissão imperdoável”, “erro histórico” e “covardia inexplicável”.

Como se vê, ao não encarar os crimes da ditadura, são grandes as arestas que Lula enfrenta no próprio campo político que certamente apoiou sua reeleição em 2022. Resta saber se, no seu cálculo político, o desgaste gerado pelo desencontro com o passado valerá a pena.