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Lutas Anti – Imperialistas

OS TENTÁCULOS DO IMPERIALISMO INTERNACIONAL SOBRE O HAITI

A missão multinacional de apoio à segurança (MSS) no Haiti, aprovada pelas Nações Unidas, financiada em grande parte pelos Estados Unidos e liderada por policiais do Quênia, começou a chegar a Porto Príncipe no final de junho. É mais uma ação imperialista na longa história de manobras e conspirações que os EUA usaram para manter seu controle neocolonial sobre o Haiti e aguçar a exploração e a escravidão econômica de seu povo.

A resistência teimosa e inspiradora do povo haitiano à dominação dos EUA tem sido um fator importante nas mudanças táticas que os EUA tiveram que fazer.

Dada à incapacidade dos EUA de continuar controlando o povo haitiano o imperialismo internacional criou o Grupo Central do Haiti em 2021, após o assassinato do presidente Jovenel Moïse. Este grupo é composto por representantes de Alemanha, Brasil, Canadá, Espanha, Estados Unidos, França, União Europeia, Organização dos Estados Americanos (OEA) e Nações Unidas.

O Haiti atualmente não tem autoridades eleitas. Após o assassinato do presidente do Haiti, Jovenel Moïse, há três anos, os EUA impuseram Ariel Henry como primeiro-ministro de fato e presidente interino. O Haiti não aceitou o primeiro Ministro imposto, que aprofundou o inferno social e econômico do País, com o aumento cada vez maior da violência, da fome, da falta de condições mínimas de sobrevivência o que fez aumentar a criminalidade, já que um grande número de pessoas foi forçado a atos desesperados e criminosos apenas para sobreviver. Em vez de investir recursos para fornecer a infraestrutura necessária para atender às necessidades das pessoas, foram gastos milhões de dólares para dar segurança à burguesia contra o povo e os bandos de criminosos que cresceram no país. Uma uma coalizão de grupos paramilitares exigiu e conseguiu a renúncia do primeiro ministro fantoche.

O imperialismo rapidamente criou um “Conselho Presidencial” e selecionou Gary Conille como primeiro-ministro. Em conluio com a oligarquia haitiana, está atualmente trabalhando para estabelecer um Conselho Eleitoral Provisório (CEP) reunindo representantes da mesma burguesia predadora do país, os mesmos grupos políticos e oligárquicos que levaram o país ao precipício.

A chances para que a população do país desencadeie uma segunda revolução social no Haiti são enormes . Não existe governo legítimo e eleito que os imperialistas possam fingir defender. Tanto o imperialismo norte-americano quanto o europeu estão entrando em colapso. Biden, Trudeau e Macron têm índices de aprovação em torno de 30% ou menos. Eles estão perdendo dramaticamente suas guerras na Ucrânia, Gaza, Iêmen e Sahel. Até o país que patrocina a missão, o Quênia, está abalado pela dívida ao FMI e grandes manifestações contra o governo africano.

A burguesia imperialista norte-americana não aceita financiar totalmente a missão multinacional de apoio à segurança, nem sequer pagar aos policiais quenianos os polpudos bônus prometidos.

É fundamental que se forme um forte movimento internacional que ajude a impulsionar a luta anti-imperialista dos haitianos contra o secular domínio e opressão do imperialismo mundial, liderado pelos EUA. Não cabe ao Brasil continuar participando de carnificinas contra o povo Haitiano, como foi feito no período de 2004 a 2017 com o famigerado Minustah sob comando do fascista general Heleno, que comandou verdadeiros assassinatos em massa do povo haitiano.