Novo Jornal substitui La Prensa, o maior porta-voz do golpismo direitista

por Ricardo Rabelo

O jornal que sempre se pautou pelo golpismo foi fechado na Nicarágua e seu maquinaria confiscada pelo Governo Sandinista.

Ortega vai agora criar um jornal com o maquinário confiscado e ex-funcionários do La Prensa. O novo jornal será destinado a publicar notícias verdadeiras sobre os avanços sociais e econômicos da Nicarágua proporcionados pelo governo revolucionário da Nicarágua.

O Jornal La Prensa sempre foi usado pela família Chamorro para propaganda golpista, apoiando decididamente a tentativa de golpe organizada pelos EUA e oposição interna de direita em 2018.

O jornal continua sendo publicado digitalmente, com notícias mentirosas sobre o governo sandinista, rodando em servidores de computador fora do alcance do governo desde que o regime confiscou suas instalações, em 13 de agosto de 2021.

O valor comercial dos bens confiscados do La Prensa é estimado em cerca de US$ 20 milhões.

No antigo prédio do jornal, o regime de Ortega instalou o Centro Cultural e Politécnico José Coronel Urtecho, a cargo do Instituto Nacional Tecnológico (Inatec).

As sedes de outros jornais também de direita e extrema direita, o Confidencial e o 100% Notícias, também foram confiscadas e convertidas em uma creche e um centro de atendimento para viciados.

Além de usar o maquinário, o governo está contratando pessoal que trabalhava para a empresa, devido ao seu conhecimento especializado no uso das rotativas, e outras equipes de produção e da área comercial.

O presidente da SIP( Sociedade Interamericana de Imprensa), órgão do imperialismo especializado em defender a grande imprensa capitalista, Michael Greenspon, diretor global de Licenciamento e Inovação de Impressão do The New York Times, se disse “alarmado ao ver que além de ter confiscado ilegitimamente e tomado conta dos bens de uma empresa privada, o regime tem agora a coragem de usá-los para fins de propaganda”. A burguesia nunca vai realmente aprovar sua expropriação ainda mais de jornais que fazem parte do esquema propagandista do imperialismo e dos seus aliados na Nicarágua.

Juan Lorenzo Holmann, gerente geral da La Prensa, e os jornalistas Miguel Mora e Miguel Mendoza foram condenados a 13 e nove anos de prisão, respectivamente.

Holmann Chamorro foi condenado por lavagem de dinheiro, e recebimento de ajuda das EUA para fazer propaganda contra o regime sandinista.

Também foram presos por receber recursos externos para desestabilizar o governo Sandinista Cristiana Chamorro e Pedro Joaquín Chamorro, membros do conselho da La Prensa, e o jornalista Jaime Arellano, condenados a oito, nove e 13 anos, respectivamente.

Os jornais da direita, além de participarem ativamente da tentativa de golpe em 2018 se dedicaram a campanhas contra o governo Ortega, tentando caracterizá-lo como uma ditadura. Nenhum governo, no entanto, poderia permitir as ações criminosas da família Chamorro que chegou a receber cerca de 20 milhões de dólares dos EUA para derrubar o governo Sandinista.

O governo Sandinista governa com amplo apoio da população, que o tem eleito em mandatos sucessivos desde 2006.
O governo conseguiu reconstruir o país após anos de destruição promovidos pelas políticas neoliberais levadas a cabo pelos governos de direita que estiveram no poder na década de 90, ganhando as eleições de maneira fraudulenta com o apoio do governo dos EUA.